quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Mês das "boas loucuras" e de respostas corajosas...

Quando li essa reflexão, lembrei-me que cresci escutando dos meus pais: "agosto é mês de cachorro louco!" E isso me dava um medo danado de sair pelas ruas e ser mordida por um cão raivoso... Engraçado, que não me lembro de maneira alguma ter escutado nem dos meus pais, nem nas minhas catequeses sobre "agosto, mês das vocações". Vejo que hoje há uma conscientização maior nesse sentido... Que bom!
 Fiquei a pensar na minha vocação familiar e como catequista... As duas por demais exigentes,  renúncias, renúncias, renúncias... Pensei muito no meu compromisso como mãe, como alicerce familiar e pensei também no quanto eu acredito na transformação de uma sociedade através de uma catequese trabalhada com amor...
 Se acreditamos numa causa, temos que lutar, sair do nosso comodismo, do nosso achismo e provocar uma reviravolta em nossa catequese  e principalmente acreditar cegamente NAQUELE que nos impulsiona,  anima,  encoraja, nos empurra dizendo: Vai, estou contigo!
Um mês abençoado à todos vocês catequistas amados e vocacionados! 
Força! Avante!... 
e boas loucuras!
Imaculada Cintra

VOCAÇÃO: é preciso saber viver!
Estamos no"mês do cachorro louco!” Assim falavam meus pais, com tom brincalhão, quando chegava o mês de agosto! Mas, na verdade, hoje reconheço neste mês a celebração de “boas loucuras”, de respostas corajosas capazes de mudar a história! É mês das vocações. Não só das vocações sacerdotais e religiosas, mas da vocação de todo batizado de ser operário da messe do Senhor! Vocação dos pais, vocação dos leigos.


Diz uma canção de Roberto Carlos e também cantada pelo Titãs: “É preciso ter cuidado, pra mais tarde não sofrer, é preciso saber viver! E eis aí a questão: vocação vem de vocare-chamado - o que implica uma resposta. E eu reafirmo: é preciso saber viver, saber responder e saber escolher.


Toda escolha exige renúncia e traz conseqüências. Isso indica que nosso futuro se forja no presente. Certas opções são para a vida toda, deixam um marco em nossa história. Ainda mais quando essas opções dizem respeito a algo tão imprescindível em nossa vida: a religião!


Nossa fé nos diz que somos vocacionados à vida, à santidade; nosso batismo nos compromete com a Igreja, “somos membros do Corpo de Cristo” (1Cor 12). E eis aqui a parte complicada: compromisso! Hoje a tendência é não querer se comprometer, e fatalmente a Igreja, à qual pertencemos, também “paga o pato”. Esta atitude é resultado de vários fatores, dentre eles a falta de convicção de fé, isto é: eu só me comprometo com aquilo que realmente amo ou acredito.


“Tudo bem! Mas como ter uma convicção de fé? A fé é um dom que precisa ser cultivado. Isso se faz com a participação ativa na comunidade a que pertenço, para conhecer melhor minha Igreja e dar “razões de minha fé” (1Pd 3,15) com uma busca sincera da espiritualidade, do silêncio interior, das respostas às questões fundamentais da minha vida; enfim, com um encontro pessoa com o Senhor.


Mas, atenção: este encontro sempre exige uma resposta de amor, que se concretiza no serviço aos irmãos.


Quantas pessoas, no decorrer destes mais de dois milênios, deram a vida pelo Evangelho. Que “força estranha” as impulsionou? Que sentimento as comoveu? Que convicção as impeliu a se doarem assim por uma causa? Foi fé que se traduz em amor! Não estou lembrando apenas dos grandes santos s santas da Igreja. Refiro-me àquela senhora que cuida com amor de sua família, rezando seu terço, aos poucos, no decorrer do tempo que lhe sobra do dia. Àquele homem que chega do serviço cansado, olha sua família e se apressa para ir à missa. A todo vocacionado que escolheu ser feliz, pois a felicidade é fazer coincidir a minha vontade com a vontade do Senhor.


Enfim, “é preciso saber viver”! Ter a coragem de se doar inteiramente a Deus numa vida consagrada; de ser um bom pai e mãe, apoiados nos valores do Evangelho; e de lutar por uma sociedade justa e solidária. Peço a Deus que ajude especialmente o jovem a fazer a escolha certa que o fará “sofrer mais tarde” na frustração ou no cansaço! A escolha que a Mãe sabe indicar, com carinho, a seus filhos: “Fazei tudo o que ele vos disser!” (Jo 2,5) – isto sim, é “saber viver”!


Padre Reginaldo Carreira – Revista família Cristã agosto de 2005






A saber...
A expressão cachorro louco é usada para se referir a uma doença séria que pode levar à morte: a raiva. Segundo a médica veterinária e professora da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Kung Darh Chi, a lenda começou porque agosto é época do cio das cachorras, por ser um período de mudança de estação. Quando uma fêmea está nesse estado, vários cachorros se aproximam para tentar cruzar. Como os cães costumam brigar entre eles para disputar a fêmea, é nesse momento que o vírus da raiva tem mais chance de se propagar, já que é transmitido pela mordida. Devido aos sintomas da doença o animal fica com aspecto alterado, por isso a associação feita com o mês.

Embora a raiva esteja controlada, ela ainda não foi erradicada. Por isso dentro do pacote de vacinas atuais que os cachorros devem tomar, está a antirrábica, que custa R$ 30, em média.
A doença paralisa os músculos da deglutição, deixa o cachorro perturbado, com alucinações, e provoca dores de cabeça muito fortes. ''É horrível o estado que o animal fica. Ele enxerga perigo em tudo, por isso fica com aspecto raivoso, de agitação. Os que ficam presos em algum tipo de grade, para não transmitir para os outros, chegam a mordê-la com tanta força e não param mesmo que se machuquem'', explica Kung.


Fonte: Jornal Gazeta do Povo

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